segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Por que os B737 tem o inconfundível "motor achatado"?





Os motores da série Classic dos 737 (300, 400, 500) e dos Next-Generation (600, 700, 800, 900) não possuem entradas de ar circulares, como a maioria dos aviões a jato possuem. Na maioria esmagadora dos motores a jato, os acessórios do motor – como bombas hidráulicas, geradores, motor de arranque pneumático, etc. – são instalados na sua parte inferior em uma caixa de acessórios que é conectada mecanicamente com o eixo principal do motor. Isso provê maior facilidade de manutenção em qualquer tipo de instalação (sub-alar ou no cone de cauda). 



No entanto, como os Boeing 737 possuíam pouca distância em relação ao solo e seus novos motores, mais volumosos, tinham necessariamente de ser instalados nas asas, os motores tiveram de ser reprojetados para uma instalação da caixa de acessórios na lateral, conferindo à sua carenagem um pronunciado formato de triângulo arredondado. 



A Boeing e a CFM International, fabricante do motor, alegam que este formato acaba conferindo uma performance ligeiramente superior, comparado ao tradicional desenho circular. O reprojeto necessário da nacelle ficou conhecido na indústria como “hamsterização”, devido à semelhança de formato com o roedor. 


Nos modelos NG, devido à maior altura dos trens de pouso e do diâmetro dos conjuntos de rodas, tal achatamento na parte inferior do motor foi reduzido em relação aos Classics, mas não foi eliminado, como pensam alguns.

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